O TRT-11 (Amazonas e Roraima) intensifica o uso de inteligência artificial na Justiça do Trabalho, capacitando magistrados para o uso de ferramentas digitais que agilizam processos, automatizam atividades repetitivas e oferecem suporte à tomada de decisões. A XXIII Jomatra, realizada em outubro, trouxe oficinas práticas e debates sobre IA aplicada à magistratura.
O avanço da inteligência artificial no setor público tem levado tribunais brasileiros a incorporarem soluções tecnológicas para otimizar o andamento processual e apoiar decisões judiciais. No Amazonas e em Roraima, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) promoveu a XXIII Jornada Institucional dos Magistrados do Trabalho (Jomatra), organizada pela Escola Judicial (Ejud11), com o tema “A Nova Face da Justiça do Trabalho nos Tempos da Inteligência Artificial: O Futuro na Palma da Mão”.
O evento, realizado em outubro, teve como objetivo capacitar juízes e desembargadores para os desafios da era digital. Durante a jornada, magistrados participaram de oficinas interativas sobre criação de comandos e assistentes no CHAT-JT, fundamentos da IA generativa, implicações éticas do uso da tecnologia e o uso de ferramentas como Gemini, Notebook LM, GPT e Flowise para desenvolvimento de agentes e aplicativos sem necessidade de programação.
Segundo dados da pesquisa “IA no Poder Judiciário 2024”, divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 45,8% dos tribunais e conselhos já utilizam ferramentas de inteligência artificial, principalmente para produção, análise e aprimoramento de textos. Entre os que ainda não adotaram essas soluções, 81,3% pretendem implementá-las em breve. O movimento segue iniciativas como o Programa Justiça 4.0, criado em 2020 em parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A desembargadora Ruth Barbosa Sampaio, diretora da Ejud11, destacou que a Jomatra foi um marco na integração da IA no tribunal, superando barreiras técnicas e culturais. Para o juiz Igo Zany Nunes Corrêa, vice-diretor da Ejud11, o evento abriu espaço para um calendário permanente de capacitação em tecnologia e temas matemáticos aplicados à magistratura.
Para os magistrados, a qualificação em inteligência artificial é considerada estratégica para acompanhar as transformações tecnológicas na atividade jurisdicional. A juíza Gisele Loureiro de Lima ressalta que a IA permite agilizar revisão de documentos, localizar informações em textos extensos, resumir petições e classificar processos de forma mais eficiente.
A adoção de tecnologias inteligentes pelo TRT-11 reforça o compromisso do tribunal com a modernização e a eficiência nos serviços prestados à sociedade.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.



