Mês do Adolescente reforça a importância de levar meninos ao urologista cedo

Especialista alerta que meninos vão 18 vezes menos ao urologista que meninas ao ginecologista e reforça papel da prevenção e orientação durante a adolescência
Urologista Giuseppe Figliuolo orienta sobre a importância da consulta precoce de meninos ao especialista durante a adolescência - Foto: Divulgação

A adolescência é um período de intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Nesse contexto, a consulta com o urologista pode ser essencial para prevenção, diagnóstico precoce de alterações e orientação sobre saúde sexual e reprodutiva. O alerta é do cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Giuseppe Figliuolo, presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Segundo o especialista, levar meninos ao urologista ainda na adolescência é um investimento em saúde e qualidade de vida.

“É muito comum que os pais levem as meninas ao ginecologista desde cedo, mas, infelizmente, o mesmo não acontece com os meninos. Isso faz com que alterações urológicas passem despercebidas e que faltem orientações importantes durante a puberdade”, afirma Figliuolo. 

Entre as alterações mais frequentes nessa fase, e também na infância, estão varicocele — dilatação de veias no escroto que pode afetar a fertilidade —, criptorquidia, quando o testículo não se encontra na bolsa escrotal, fimose, balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio), além de hérnias inguinais e hidrocele, caracterizada pelo acúmulo de líquido na bolsa escrotal. Se não tratadas, essas condições podem gerar desconforto e complicações.

Ele também destaca que a orientação durante a puberdade é essencial, já que surgem dúvidas sobre desenvolvimento dos órgãos genitais, secreções, higiene íntima e função sexual.

“O urologista tem um papel educativo fundamental, ajudando o adolescente a entender o que é normal e quando deve procurar ajuda. Além disso, é o momento de falar sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), uso correto do preservativo e vacinação contra o HPV, importante arma contra doenças como o câncer de pênis é que pode garantir mais segurança ao longo da fase adulta também”, explica Figliuolo. 

Dados da Sociedade Brasileira de Urologia reforçam a necessidade de conscientização. Os meninos vão 18 vezes menos ao urologista do que meninas ao ginecologista. Campanhas educativas, como a “Vem pro Uro”, desenvolvida pela SBU, buscam ampliar a adesão dos adolescentes às consultas e aproximar famílias do cuidado preventivo.

“A primeira consulta pode ser também uma forma de criar vínculo com o especialista e construir uma cultura preventiva. A urologia não deve ser lembrada apenas na vida adulta ou diante de problemas de próstata. É na adolescência que podemos preparar o jovem para uma vida sexual saudável e para a prevenção de doenças futuras”, ressalta o médico.

Quanto mais cedo desmistificarmos esse cuidado, mais chances teremos de formar homens adultos conscientes da própria saúde”, conclui Giuseppe Figliuolo.

Com informações da Assessoria.

Por Haliandro Furtado, da Jovem Pan News Manaus

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