Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, transportaram pelo menos 55 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, na madrugada desta quarta-feira (29). O recolhimento ocorreu um dia após a operação considerada mais letal da história do Rio.
O governo do estado informou que a megaoperação resultou na morte de 60 criminosos e quatro policiais. O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que os corpos levados à praça não estavam contabilizados no balanço oficial. Perícia será realizada para confirmar relação entre mortes e a operação.
Segundo o g1, os corpos estavam em área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, local de confrontos entre forças de segurança e criminosos. Moradores indicaram que ainda há mortos em áreas altas do morro. O transporte dos corpos teve como objetivo facilitar o reconhecimento pelas famílias.
O atendimento oficial para reconhecimento dos corpos será realizado no prédio do Detran ao lado do IML, a partir das 8h. Durante o período, o acesso ao IML será restrito a policiais e Ministério Público. Necropsias não relacionadas à operação ocorrerão no IML de Niterói.
Mais cedo, seis corpos foram levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas em uma Kombi.
Entre os quatro policiais mortos estão os sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, e os civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral. O Bope informou que Serafim foi baleado na região do abdômen e Fonseca em confronto. Os policiais civis também morreram durante a ação ou ao chegarem ao hospital.
O Instituto Fogo Cruzado registrou oito policiais feridos durante a operação.
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro publicou nota lamentando a morte dos agentes durante a Megaoperação Contenção, realizada na Zona Norte. A instituição cita os policiais mortos:
Confira nota publica pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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Repercurssão Internacional
A operação ganhou repercussão internacional. A ONU e veículos como The Guardian, El País, Le Figaro, New York Times e Clarín divulgaram informações sobre a ação, relatando mortes de policiais e criminosos.
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus