Maria Apparecida Cardoso Guimarães, conhecida como Cida Guimarães, faleceu no último sábado (27), aos 95 anos, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. A ex-pivô foi uma das grandes pioneiras do basquete feminino brasileiro e teve trajetória marcante pela Seleção Brasileira. A morte foi confirmada pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB), que não divulgou a causa.
Natural de Descalvado (SP), Cida construiu uma carreira de destaque nas décadas iniciais do basquete feminino no país. Pela Seleção Brasileira, conquistou dois títulos do Campeonato Sul-Americano, em 1954 e 1958, além de outras três medalhas na competição continental — duas de prata e uma de bronze.
A atleta também representou o Brasil em Jogos Pan-Americanos, onde subiu ao pódio em duas ocasiões, com a conquista de uma medalha de prata e uma de bronze, reforçando sua importância em um período decisivo de consolidação do esporte no cenário internacional.
O legado esportivo de Cida ultrapassou gerações dentro da própria família. Sua irmã mais nova, Maria Helena Cardoso, também defendeu a Seleção Brasileira e chegou a atuar ao lado de Cida, antes de seguir carreira como treinadora reconhecida no basquete nacional.
A tradição seguiu com o filho, Ricardo Cardoso Guimarães, conhecido como Cadum. Armador da Seleção Brasileira masculina, ele foi campeão dos Jogos Pan-Americanos em 1987 e disputou quatro edições dos Jogos Olímpicos: Moscou 1980, Los Angeles 1984, Seul 1988 e Barcelona 1992.
Além de Cadum, Cida Guimarães deixa outros três filhos: Eduardo, Ângela e Márcia, conforme informou a CBB. Sua trajetória permanece como referência histórica para o basquete brasileiro e para o esporte feminino no país.
Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus
Foto: Divulgação/CBB






