O número de criminosos do Amazonas mortos na megaoperação policial realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, subiu de seis para nove, segundo atualização das autoridades neste sábado (1º). A operação, deflagrada na terça-feira (28), teve como alvo o Comando Vermelho (CV) e resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais — tornando-se a ação mais letal da história fluminense.
Dos nove mortos naturais do Amazonas, seis já foram identificados oficialmente, entre eles Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, e Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo”. Ambos eram apontados como chefes da facção no estado e peças-chave na conexão entre as células do CV nas regiões Norte e Sudeste, atuando na coordenação de rotas de drogas e armas.
Operação Contenção
Batizada de “Operação Contenção”, a ofensiva mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das Polícias Civil e Militar do Rio, com apoio de unidades especiais e forças de segurança do Pará. O objetivo, segundo o governo fluminense, era conter a expansão do Comando Vermelho e desarticular suas bases logísticas nos complexos da Penha e do Alemão.
Durante a ação, foram cumpridos 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 deles expedidos pelo estado do Pará. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, apontado como o líder solto do CV, conseguiu escapar do cerco.
Autoridades destacam “sucesso operacional”
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, classificou a operação como “um sucesso operacional”, destacando as 113 prisões realizadas e a apreensão de materiais estratégicos.
Foram recolhidos HDs e dispositivos eletrônicos que podem revelar esquemas de lavagem de dinheiro e conexões nacionais e internacionais do Comando Vermelho”, afirmou Santos.
A operação, apesar das controvérsias, foi considerada um golpe expressivo contra a estrutura da facção em diversos estados, inclusive o Amazonas, onde a cúpula do grupo sofreu um dos seus maiores desfalques recentes.
Com informações AM POST
Fotos: G1
Por Karoline Marques, da redação da Jovem Pan News Manaus




