Mulher é presa suspeita de ajudar em roubo de obras de arte em São Paulo

Polícia investiga participação de companheira de um dos suspeitos no furto de gravuras de Matisse e Portinari da Biblioteca Mário de Andrade; obras seguem desaparecidas
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Uma mulher de 38 anos foi presa na última sexta-feira (19), em São Paulo, suspeita de colaborar com os responsáveis pelo roubo de gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari da Biblioteca Mário de Andrade. O crime ocorreu em 7 de dezembro, durante o último dia de uma exposição realizada no local.

De acordo com a polícia, a mulher é companheira de Gabriel Pereira Rodrigues de Mello, apontado como um dos autores do roubo. Há indícios de que ele esteve na residência dela após a ação criminosa. No imóvel, os investigadores encontraram o celular de Gabriel. A suspeita nega envolvimento no crime e afirma não saber onde estão as obras. Ela tem uma filha com o investigado.

Outros dois homens já estão presos. Felipe dos Santos Fernandes Quadra foi identificado como um dos criminosos que estiveram dentro da biblioteca no momento do roubo. Luis Carlos Nascimento também foi detido e é apontado pela polícia como integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

As gravuras roubadas pertencem ao acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e ainda não foram localizadas. Segundo a Prefeitura de São Paulo, a Interpol incluiu as obras no sistema ID-Art, banco de dados internacional usado para identificar peças de arte furtadas ou roubadas.

Invasão
No dia do crime, os suspeitos levaram oito gravuras de Matisse e cinco de Portinari, que integravam a exposição Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade. Durante a ação, uma vigilante e um casal que visitava o espaço foram rendidos.

As obras foram colocadas em sacolas e retiradas pela porta da frente da biblioteca. A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa informou que as peças têm valor cultural, histórico e artístico, não sendo passíveis de avaliação apenas financeira.

O Museu de Arte Moderna não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Com informações da Agência Brasil*

Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus