Netanyahu diz que Israel deve avançar “muito em breve” para a segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, mas admite dificuldades

Primeiro-ministro israelense afirma que transição para a segunda fase do acordo mediado pelos EUA deve ocorrer “muito em breve”, mas admite que etapa que inclui desarmamento do Hamas e retirada militar — será difícil.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (7) que o país deve avançar “muito em breve” para a segunda fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde outubro. O plano faz parte de um acordo de três etapas construído pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de encerrar gradualmente a guerra, que já ultrapassa dois anos.

Apesar da previsão otimista, Netanyahu reconheceu que essa próxima etapa será “difícil ou igualmente difícil” em relação à fase inicial. As declarações foram dadas após uma reunião com o chefe do governo alemão, Friedrich Merz, em Jerusalém.

Primeira fase ainda não concluída

Segundo Netanyahu, a etapa inicial do acordo ainda depende da devolução, pelo Hamas, do último corpo de um refém israelense retido em Gaza: o de Ran Gvili. O compromisso faz parte das obrigações assumidas pelo grupo palestino para que a transição para a próxima fase possa ser iniciada.

O que prevê a segunda fase

De acordo com o plano apresentado por Trump, a segunda fase inclui:

  • Desarmamento do Hamas

  • Desmilitarização completa da Faixa de Gaza

  • Envio de uma força internacional ao território palestino

  • Retirada gradual das tropas israelenses

Netanyahu reforçou que esses pontos são essenciais para “acabar com o poder do Hamas em Gaza”, mas ressaltou que sua execução tende a ser complexa e sensível.

Apoio da Alemanha a Israel

Durante sua visita a Jerusalém, Merz reafirmou o compromisso histórico da Alemanha com a segurança israelense uma posição frequentemente reiterada pelo governo alemão desde o início da guerra.

“A Alemanha deve defender a existência e a segurança de Israel. Isto permanecerá para sempre profundamente inscrito no vínculo que nos une”, afirmou o chanceler durante visita ao memorial do Holocausto Yad Vashem, destacando a responsabilidade do país pelo genocídio de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Merz desembarcou em Israel no sábado, em sua primeira visita diplomática desde que assumiu o cargo. O objetivo, segundo ele, é reforçar laços bilaterais após tensões recentes relacionadas ao conflito em Gaza e ao aumento da violência praticada por colonos judeus extremistas na Cisjordânia ocupada.

 

Com informações do G1*
Foto: Oliver Contreras/AFP

Por Ismael Oliveira – Redação Jovem Pan News Manaus