Nova lei endurece penas e amplia proteção a autoridades após tragédia no Rio

Sancionada por Lula, a Lei cria novos crimes ligados ao crime organizado e garante segurança extra a juízes, promotores e policiais

Entrou em vigor nesta quinta-feira (30) a Lei 15.245/2025, que torna mais rígido o combate ao crime organizado no Brasil. A nova legislação, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União, muda trechos do Código Penal e de outras leis ligadas à segurança pública.

Pelas novas regras, contratar membros de facções criminosas para cometer crimes agora é um delito específico, com pena de 1 a 3 anos de prisão, além da punição pelo crime praticado.

Também passa a ser crime tentar atrapalhar ou conspirar para impedir ações contra o crime organizado, com penas que variam de 4 a 12 anos de prisão. Nesses casos, quem for preso antes do julgamento será levado para presídios federais de segurança máxima.

Outro ponto da lei garante proteção pessoal a autoridades e agentes da segurança pública — como juízes, promotores e policiais — que estejam em risco por causa da função. O benefício também se estende a familiares desses profissionais.

Reação após a Operação Contenção

A nova lei foi anunciada dias depois da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. A ação, considerada a mais violenta da história do país, teve como alvo o Comando Vermelho.

Em resposta à operação, criminosos bloquearam ruas, lançaram explosivos por drones e espalharam o caos na cidade, mostrando a força e a organização das facções.

Grupo emergencial de segurança

Após a operação, o governo federal e o governo do Rio anunciaram a criação de um escritório emergencial para coordenar ações contra o crime organizado.

A iniciativa será liderada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e pelo governador do Rio, Claudio Castro, com atuação conjunta dos secretários Mario Sarrubbo (Nacional de Segurança Pública) e Victor Santos (Segurança do Rio). O objetivo é melhorar a integração entre forças federais e estaduais e dar respostas mais rápidas e eficazes à escalada da violência.

 

 

 

Com informações da Agência Brasil e do Diário Oficial da União.

 

Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus

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