Novo calendário da CBF pode transformar a Copa do Brasil e os estaduais

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avalia um novo modelo para a Copa do Brasil a partir de 2026: uma final em jogo único, possivelmente em campo neutro. A proposta faz parte de um pacote de reformulações que a entidade deve anunciar oficialmente na quarta-feira (2), com foco na redução de datas e reorganização do calendário nacional.

A ideia da CBF é transformar a decisão do torneio em um evento único, no encerramento da temporada, a exemplo do que já acontece com competições internacionais. Essa mudança já se refletirá no calendário de 2025, quando a final da Copa do Brasil será disputada após o término do Campeonato Brasileiro, programado para o dia 7 de dezembro.

Segundo informações da instituição, a alteração foi pensada para permitir a participação de um clube brasileiro no Intercontinental da Fifa, que será realizado no Catar, a partir de 10 de dezembro. Palmeiras e Flamengo são os representantes com chances de disputar o torneio, caso conquistem a Conmebol Libertadores deste ano.

Outra proposta considerada será a adoção de jogo único em todas as fases da Copa do Brasil, mantendo o formato de ida e volta apenas na final. No entanto, essa possibilidade perdeu força nos bastidores, segundo relatos de dirigentes envolvidos nas discussões.

Pelo novo formato em estudo, os times da Série A do Campeonato Brasileiro entrariam na competição a partir da fase de 16 avos, anterior às oitavas de final. A partir das oitavas até as semifinais, os confrontos seguiriam em jogos de ida e volta. Já as fases iniciais continuariam em partidas únicas, como já ocorre atualmente.

As mudanças na Copa do Brasil fazem parte de uma reestruturação mais ampla. Além da competição nacional, a CBF também prepara alterações nos campeonatos estaduais, que a partir de 2026 deverão ser disputados em no máximo 11 datas. Isso representa um corte de cinco datas em relação ao formato atual.

Também estão em pauta modificações nas Copas Verde e do Nordeste, além da ampliação da Série D do Brasileirão, que passaria a contar com 96 equipes. A medida busca aumentar a participação de clubes de menor expressão no calendário nacional.

Outro ponto que será levado à mesa é uma reivindicação da CBF junto à Conmebol: a substituição das vagas brasileiras na fase preliminar da Libertadores por vagas diretas na fase de grupos. No entanto, a confederação sul-americana tem resistido à proposta.

A definição final sobre o calendário de 2026 será feita em uma reunião virtual marcada para esta terça-feira (1).

A expectativa é que a CBF oficialize todas as mudanças no dia seguinte, em coletiva com a imprensa.

 

Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus*

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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