OMS reconhece Brasil por eliminar transmissão vertical do HIV

País é o primeiro da América do Sul e o mais populoso das Américas a alcançar o marco, segundo a Organização Mundial da Saúde
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o Brasil pela eliminação da transmissão vertical do HIV, quando o vírus é transmitido da mãe para o bebê. O anúncio foi feito na última sexta-feira (19), pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, por meio das redes sociais. Com o reconhecimento, o país se torna o primeiro da América do Sul e o mais populoso das Américas a atingir o indicador.

Em publicação, Tedros destacou que o resultado demonstra a possibilidade de interromper o contágio com diagnóstico precoce, tratamento adequado e acesso a serviços de saúde materna e parto seguro. A OMS ressaltou que a experiência brasileira evidencia a capacidade dos sistemas públicos de saúde em controlar a transmissão do vírus.

A transmissão vertical do HIV pode ocorrer durante a gestação, no parto ou, em situações específicas, durante a amamentação. Esse tipo de contágio historicamente responde por parte significativa das infecções em crianças.

Também pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o reconhecimento internacional e afirmou que o resultado reflete o trabalho das autoridades sanitárias e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Critérios e validação

De acordo com a OMS, o Brasil cumpriu todos os critérios exigidos para a validação, entre eles a redução da transmissão vertical para menos de 2%, cobertura superior a 95% no pré-natal, testagem de rotina para HIV e tratamento adequado das gestantes infectadas.

O processo de avaliação foi conduzido inicialmente por uma comissão independente, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que analisou dados, documentos e o funcionamento dos serviços de saúde. Em seguida, os resultados foram submetidos ao Comitê Consultivo Global de Validação da OMS, responsável pela recomendação formal do reconhecimento.

O diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, afirmou que o resultado é consequência do acesso ao diagnóstico, do tratamento oportuno e do trabalho de profissionais de saúde, agentes comunitários e organizações da sociedade civil envolvidos na prevenção da transmissão do HIV.

 

 

Com informações do Metrópoles*

Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus