A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro atalizou, na manhã desta quarta-feira (29), que o total de mortos na operação das forças de segurança nos complexos da Penha e do Alemão ultrapassou 130. Segundo o órgão, entre as vítimas estão 128 civis e quatro policiais militares. A ação, realizada pelo governo estadual contra a facção Comando Vermelho, continua gerando repercussão nacional e internacional.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou nota em seu perfil oficial na rede X afirmando estar “horrorizada” com a operação nas favelas do Rio. A entidade destacou o alto número de mortes e cobrou das autoridades brasileiras o cumprimento das obrigações de direitos humanos, além da realização de investigações rápidas e eficazes sobre o caso.
O jornal britânico The Guardian noticiou o episódio com o título “Brasil: ao menos 64 mortos no dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais”. A publicação relatou que a operação começou durante a madrugada, com intensos tiroteios nos complexos do Alemão e da Penha, áreas que concentram cerca de 300 mil moradores.
O periódico espanhol El País informou que o Rio de Janeiro viveu “uma jornada de intensos confrontos” em uma ação policial classificada como a mais letal da história da cidade. Já o francês Le Figaro destacou que grandes operações policiais no Rio são recorrentes, mas têm eficácia questionada.
ONew York Timesdescreveu a operação como “a mais mortal da história do Rio”, citando declarações do governador Cláudio Castro, que classificou a ação como um “ataque contra narcoterroristas”. O jornal argentino Clarín comparou as cenas no Rio a zonas de guerra e repercutiu postagens de brasileiros nas redes sociais.
De acordo com autoridades locais, 81 pessoas foram presas. Os confrontos ocorreram nos complexos do Alemão e da Penha, com registros de bloqueios em vias, ataques a policiais e uso de drones para lançar explosivos. Moradores relataram dificuldade para sair de casa e acesso limitado a serviços básicos durante a operação.
O número de mortos pode aumentar, segundo a Polícia Civil, que segue contabilizando os corpos levados à Praça São Lucas, na Penha, por moradores da região.
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus



