PIB brasileiro cresce 0,1% e mostra perda de fôlego no terceiro trimestre de 2025

Monitor do PIB aponta estabilidade na passagem de agosto para setembro e desaceleração no consumo das famílias

A economia brasileira registrou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, segundo o Monitor do PIB divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No acumulado de 12 meses, o avanço foi de 2,5%. Já na comparação entre agosto e setembro, o indicador mostrou estabilidade, sem variação.

O estudo estima que o PIB brasileiro somou R$ 9,370 trilhões até o terceiro trimestre. A FGV explica que os dados são dessazonalizados, permitindo a comparação entre períodos consecutivos sem interferência de fatores sazonais.

A economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, afirma que os principais componentes da atividade econômica — setor de serviços e consumo das famílias — permaneceram praticamente estagnados no período. Segundo ela, os demais segmentos “pouco contribuíram para um desempenho mais forte da economia”. A análise interanual mostra desaceleração expressiva no consumo das famílias, que cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024, após anos de expansão contínua acima de 3%.

De acordo com o estudo, o consumo de bens duráveis e não duráveis apresentou queda, enquanto o consumo de serviços, embora positivo, perdeu ritmo. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que indica a capacidade de investimento da economia, recuou 0,4% na mesma base de comparação — a primeira queda desde o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2023 — influenciada principalmente pelo fraco desempenho do setor de máquinas e equipamentos.

O único indicador com avanço significativo foi o das exportações, que cresceram 7% na comparação interanual. O resultado é o melhor desde maio de 2024, com aumento em todos os grupos de produtos e destaque para a indústria extrativa, responsável por cerca de 44% da expansão registrada.

Outro termômetro da atividade, o índice IBC-Br, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (17), apontou retração de 0,2% entre agosto e setembro e queda de 0,9% no terceiro trimestre frente ao trimestre anterior. Mesmo assim, o acumulado de 12 meses mostrou alta de 3%.

O resultado oficial do PIB referente ao terceiro trimestre será divulgado pelo IBGE em 4 de dezembro.

 

 

Com Informações do Grupo Ceres de Comunicação 

Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus