O Hospital e Pronto-Socorro Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, na zona leste de Manaus, ganhou um novo pronto atendimento. A estrutura foi entregue nesta quarta-feira (22) e marca os 356 anos da capital. A unidade, que passou por ampla reforma, agora adota o modelo Fast Track, ou “via rápida”, que classifica os atendimentos conforme o grau de complexidade dos casos, tornando o fluxo mais ágil e eficiente.
Durante a inauguração, o governador Wilson Lima destacou que a mudança faz parte do processo de modernização da rede estadual de saúde.
“Essa é uma entrega decisiva dentro do nosso planejamento de implantar o padrão Delphina em toda a rede estadual. O sistema de via rápida é o que há de mais moderno em termos de classificação e fluxo de pacientes, garantindo mais agilidade e segurança no atendimento”, afirmou.
O novo modelo separa os pacientes de acordo com a gravidade dos casos. Aqueles classificados como azul ou verde, de baixa complexidade, são atendidos diretamente no pronto atendimento, com avaliação médica, tratamento e alta no próprio setor. Já os casos moderados ou graves, identificados como amarelos e laranjas, são encaminhados para áreas específicas, com monitoramento, exames e observação clínica antes da alta ou internação.
Segundo a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, o formato permite uma atuação mais próxima entre profissionais e pacientes.
“É uma metodologia em que o profissional vai até o paciente, para que a gente possa estar o tempo todo analisando e melhorando a nossa assistência, no corpo a corpo com o que cada paciente precisa”, explicou.
O novo espaço foi estruturado com base no Sistema Manchester de Classificação de Risco, protocolo internacional usado para organizar o atendimento conforme a gravidade do quadro clínico. O pronto atendimento conta agora com áreas de triagem, medicação, farmácia satélite, salas de procedimento, além de setores amarela e laranja, postos de enfermagem e banheiros.
Desde julho, o Platão Araújo está sob nova gestão e vem registrando resultados positivos. O número de cirurgias aumentou 32,5% nos últimos três meses, passando de 1.409 para 1.867 procedimentos, enquanto as cirurgias ortopédicas cresceram mais de 60%. Os atendimentos no pronto-socorro também subiram 13,2%, e o tempo médio de permanência caiu de nove para cinco dias.
O hospital está há quase quatro meses sem pacientes em macas nos corredores, resultado do programa Corredor Zero, que busca garantir atendimento digno e humanizado. Entre as medidas adotadas estão a realização de cirurgias durante a madrugada e aos fins de semana, além de um novo protocolo para emissão de laudo de risco cirúrgico em até 40 minutos.
“Agora tem um hospital de qualidade. Esse é o hospital que está sendo uma referência. A Zona Leste está recebendo um presente”, afirmou Juscelino Nascimento, morador do bairro Gilberto Mestrinho.
A unidade também recebeu melhorias estruturais e tecnológicas. A fachada foi revitalizada, o estacionamento e o portal de entrada reestruturados, e toda a área interna recebeu pintura e manutenção. O hospital ganhou novos equipamentos, como carrinhos de anestesia e dois arcos em C, usados em centros cirúrgicos, ampliando a capacidade tecnológica. Desde julho, mais de 750 profissionais foram contratados, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e técnicos de enfermagem.
Avanço na rede de saúde
A modernização do Platão Araújo faz parte de um processo mais amplo de reestruturação da rede hospitalar do Amazonas. Em junho, o modelo de via rápida já havia sido implantado no Complexo Hospitalar Sul, que reúne o Hospital 28 de Agosto e o Instituto da Mulher Dona Lindu, com resultados expressivos na redução do tempo de espera e na resolutividade dos casos.
Durante a semana do aniversário de Manaus, o governo também iniciou o maior mutirão de cirurgias de catarata da história do Estado, com meta de 12 mil procedimentos até o fim do ano, dentro do programa Opera+ Amazonas. Além disso, ampliou o Melhor em Casa, com a entrega de 22 novos veículos e a expansão do atendimento domiciliar, que cresceu 36% em 2025.
Com Informações da Secretaria de Saúde do Amazonas
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus