O norte do Japão entrou em estado de atenção máxima após autoridades divulgarem que existe a possibilidade de um megaterremoto, com magnitude igual ou superior a 8, nos próximos dias. O alerta foi emitido depois do tremor de 7,5 registrado na noite de segunda-feira (8/12), que deixou feridos, interrompeu serviços e forçou evacuações em massa.
Segundo Morikubo Tsukasa, representante do gabinete da primeira-ministra para preparação para desastres, a avaliação técnica aponta risco elevado após o abalo mais recente.
“Com base nas estatísticas de terremotos que ocorreram em todo o mundo até o momento, existe a possibilidade de um terremoto de grande escala, com magnitude igual ou superior a 8, ocorrer ao longo da Fossa do Japão e da Fossa de Chishima, perto de Hokkaido, como consequência do terremoto da noite de segunda-feira”, afirmou, em entrevista à emissora NHK.
Tsukasa reforçou que não há confirmação de que o tremor ocorrerá, mas pediu cautela.
“Não há certeza se um terremoto de grande escala realmente ocorrerá. No entanto, todos devem atender ao alerta e tomar precauções para proteger suas vidas”, alertou.
O tremor que atingiu o país ocorreu às 23h15 no horário local, a cerca de 80 km da costa da região de Aomori e com profundidade aproximada de 50 km. O abalo gerou alertas de tsunami — já cancelados —, mas ondas de até 70 centímetros foram registradas. Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas, e milhares de residências sofreram interrupções no fornecimento de energia.
Ordens de evacuação foram emitidas para cerca de 90 mil moradores, segundo informações da Reuters. A companhia East Japan Railway suspendeu parte dos serviços ao longo da costa nordeste, enquanto autoridades seguem monitorando possíveis danos estruturais.
A primeira-ministra Sanae Takaichi pediu que a população mantenha planos de emergência preparados.
“Reforcem seus procedimentos diários de preparação para terremotos, como garantir que seus móveis estejam seguros, e preparem-se para evacuar imediatamente caso sintam tremores”, declarou.
Após o abalo, a empresa Tohoku Electric Power informou que não houve irregularidades nas usinas nucleares de Higashidori e Onagawa. A Agência Internacional de Energia Atômica também confirmou que “nenhuma anomalia foi detectada” na usina desativada de Fukushima, cenário do desastre de 2011.
O Japão é um dos países mais propensos a terremotos no mundo, registrando cerca de 1,5 mil abalos por ano. No início deste ano, o comitê de investigação de terremotos do país apontou probabilidade de 60% a 90% de um megaterremoto atingir a Fossa de Nankai nos próximos 30 anos, com riscos de danos bilionários e elevado número de vítimas.
Com Informações do G1
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus






