Um naufrágio ocorrido neste domingo (9) nas proximidades da fronteira entre Tailândia e Malásia deixou centenas de desaparecidos. Até o momento, dez pessoas foram resgatadas com vida e um corpo foi recuperado, informou a autoridade marítima da Malásia.
De acordo com o primeiro almirante Romli Mustafa, diretor da autoridade marítima dos estados de Kedah e Perlis, as buscas continuam e há possibilidade de que mais vítimas ainda possam ser encontradas no mar cerca de três dias após o naufrágio da embarcação. O barco teria partido de Buthidaung, em Mianmar, transportando aproximadamente 300 pessoas.
Entre os sobreviventes localizados nas águas próximas à ilha de Langkawi, estavam três homens de Mianmar, dois rohingyas e um cidadão de Bangladesh. O corpo recuperado seria de uma mulher rohingya, segundo informou a agência estatal Bernama, citando o chefe de polícia de Kedah, Adzli Abu Shah.
As operações de resgate seguem em andamento com apoio de embarcações e aeronaves da guarda costeira. Autoridades locais afirmam que o número exato de desaparecidos ainda é incerto, já que muitas embarcações que transportam refugiados não possuem registro oficial de passageiros.
O naufrágio reacende o alerta sobre a crise humanitária dos rohingyas, minoria muçulmana que foge periodicamente de Mianmar, país de maioria budista, onde são vistos como intrusos estrangeiros do sul da Ásia, aos quais é negada a cidadania e onde sofrem abusos.
A Malásia, assim como a Indonésia e a Tailândia, tem sido destino frequente de embarcações precárias que partem de Mianmar ou de campos de refugiados em Bangladesh, muitas vezes conduzidas por redes de tráfico humano.
As autoridades da região seguem monitorando o caso e esperam que o mar calmo nos próximos dias ajude nas buscas por sobreviventes e corpos das vítimas.
Com informações da Reuters e CNN*
Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus
Foto: AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO MARÍTIMA DA MALÁSIA






