Trump afirma que dias de Maduro na Venezuela estão contados

Presidente dos EUA indica fim do governo chavista, mas não confirma ações militares; ataques a embarcações no Caribe deixam ao menos 65 mortos
Donald Trump durante entrevista ao programa “60 Minutes”, da CBS, em que falou sobre Nicolás Maduro e operações militares no Caribe - Foto: Reprodução/ Instagra @realdonaldtrump @nicolasmaduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (2), que acredita que os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela estão contados, durante entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS.

Quando questionado sobre relatos de possíveis ataques militares dentro da Venezuela, Trump não confirmou nem negou. “Não vou dizer o que vou fazer com a Venezuela, se vou fazer ou não”, disse o presidente. Mais cedo, ele descartou a possibilidade de uma guerra direta com o país. “Duvido. Não acho que vá acontecer”, afirmou.

Nos últimos dois meses, as forças armadas dos EUA realizaram mais de 15 ataques contra embarcações no Caribe e no Pacífico, associadas ao narcotráfico, segundo o governo americano. As ações resultaram em pelo menos 65 mortes, de acordo com autoridades e fontes internacionais. Especialistas e a ONU alertam que os ataques podem configurar execuções extrajudiciais, mesmo que os alvos sejam traficantes conhecidos.

Trump afirmou que os ataques têm como objetivo combater o tráfico de drogas e impedir o abastecimento do mercado ilegal nos EUA. “Cada barco que você vê sendo abatido mata 25 mil pessoas por causa das drogas e destrói famílias em todo o nosso país”, disse.

O governo dos EUA acusa Maduro de chefiar o tráfico de drogas e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua captura. O líder venezuelano afirma que Washington utiliza as acusações de narcotráfico como pretexto para promover mudança de regime e controlar o petróleo do país.

Fontes próximas ao governo chavista indicam que Maduro não descarta negociações, desde que haja participação em processo de transição democrática, anistia para aliados, preservação de áreas estratégicas e sobrevivência política.

Durante a entrevista, Trump também foi questionado sobre a autorização de operações terrestres na Venezuela, incluindo ações da CIA. Ele se recusou a detalhar qualquer plano, negando informações publicadas na mídia americana sobre decisões e alvos específicos.


Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus

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