O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (27), que o país iniciará, “em breve”, ações em terra para combater grupos de narcotráfico venezuelanos. A declaração foi feita durante videoconferência realizada no resort Mar-a-Lago, na Flórida.
Antes da fala, Trump mencionou resultados das operações navais conduzidas desde setembro na região do Caribe e do Pacífico.
“Quase paramos (o narcotráfico), 85% dele foi interrompido por via marítima. E também começaremos a detê-los em terra. É mais fácil em terra, mas isso começará muito em breve”, disse Trump.
Acusações contra Maduro e resposta de Caracas
Washington acusa o presidente venezuelano Nicolás Maduro de comandar o chamado Cartel de los Soles, classificado nesta semana pelo governo americano como grupo terrorista. O governo venezuelano afirmou que a classificação é uma “invenção ridícula”.
Desde setembro, os Estados Unidos realizaram ataques contra mais de 20 embarcações suspeitas de tráfico de drogas. Segundo o próprio governo americano, essas ações resultaram em pelo menos 83 mortes.
O país também enviou ao Caribe o porta-aviões Gerald Ford, acompanhado de navios de guerra e aeronaves de combate, para reforçar operações classificadas como antidrogas.
Venezuela acusa EUA de objetivo político
O governo de Maduro afirma que a movimentação militar americana tem como objetivo provocar sua queda e acessar as reservas de petróleo do país. Caracas também chama os ataques de “execuções extrajudiciais”.
Duas linhas de contexto para a sonora do trecho referente à posição venezuelana.
Maduro afirma que o envio do porta-aviões e os bombardeios são manobras destinadas a derrubá-lo e controlar os recursos energéticos do país, destacou o governo venezuelano.
Operações sigilosas e ausência de detalhes públicos
Os Estados Unidos não apresentaram documentos ou evidências que confirmem que todos os alvos atingidos eram grupos envolvidos com tráfico de drogas. Trump também autorizou operações clandestinas da CIA na Venezuela e afirmou que poderá dialogar com Maduro “em algum momento”.
Duas linhas de contexto preparando uma finalização com a última referência à fala de Trump.
Trump declarou que a possibilidade de conversa com Maduro existe, mas não detalhou condições ou prazos, concluiu o presidente americano.
Com informações da Folha de São Paulo*
Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus
