Juristas do Amazonas são cotadas para vaga no STF

Com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal (STF) volta ao centro do debate nacional. A nova vaga na mais alta Corte do país reacende discussões sobre diversidade, paridade de gênero e representatividade regional — especialmente da Amazônia, historicamente excluída das indicações ao STF.

Ao longo de sua história, o STF teve apenas três ministras: Ellen Gracie, Rosa Weber e Cármen Lúcia, esta última atualmente a única mulher entre dez ministros. Em um tribunal que toma decisões fundamentais para o futuro do país, a sub-representação feminina ainda é uma realidade gritante — e mais ainda a ausência de vozes do Norte.

Norte invisibilizado nas indicações

O Norte brasileiro tem sido sistematicamente deixado de fora das nomeações para tribunais superiores. Os indicados costumam vir dos grandes centros do Sul e Sudeste, ignorando juristas e magistradas de destaque que atuam com excelência em estados como o Amazonas. Essa exclusão alimenta um desequilíbrio que afeta a legitimidade da representatividade na Justiça brasileira.

Amazonas: exemplo nacional de protagonismo feminino na Justiça

Se há um estado que pode falar com propriedade sobre liderança feminina no Judiciário, é o Amazonas. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) é referência nacional por adotar políticas que garantem pelo menos 40% das vagas da Corte para mulheres. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) e o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) também se destacam pela presença majoritária de mulheres em posições de liderança e decisão.

Nomes femininos de destaque no Amazonas

Várias mulheres do Amazonas têm se destacado por sua competência, ética e compromisso com a Justiça. São profissionais cuja trajetória comprova que a região forma líderes à altura dos mais altos cargos da magistratura brasileira. Entre elas:

  • Dra. Heloysa Simonetti Teixeira – Procuradora do Estado do Amazonas e ex-Procuradora-Geral, doutora em Direito Constitucional.
  • Dra. Leda Mara Albuquerque – Atual Procuradora-Geral de Justiça do Amazonas, com forte atuação na modernização do MP.
  • Dra. Vânia Marinho – Desembargadora do TJAM, doutora em Direito Ambiental Penal.
  • Dra. Grace Anny Zamperlini – Ex-presidente da OAB/AM e especialista em resolução consensual de conflitos.
  • Dra. Maria Benigno – Desembargadora eleitoral e professora de Direito Eleitoral.
  • Dra. Giselle Falcone Medina – Desembargadora do TRE-AM, com forte atuação jurídica e institucional.
  • Dra. Jaiza Fraxe – Juíza Federal conhecida por decisões emblemáticas em defesa da Amazônia e dos povos originários.
  • Dra. Socorro Guedes Moura – Desembargadora do TJAM e ex-presidente do TRE-AM.
  • Dra. Graça Figueiredo – Pioneira na magistratura amazonense e autora de livros jurídicos.
  • Dra. Yara Lins dos Santos – Conselheira e presidente do TCE-AM, referência em controle externo.
  • Essas mulheres simbolizam o preparo técnico, a sensibilidade social e o comprometimento ético que o país tanto busca em seus representantes no Supremo.

Hora da mudança

A possível nomeação de uma mulher do Amazonas para o STF seria mais que um gesto simbólico: seria um passo concreto em direção à Justiça mais plural, inclusiva e representativa. O estado tem feito sua parte — agora, cabe ao Brasil reconhecer a força da Amazônia também no centro do poder judiciário.

da redação da Jovem Pan News Manaus.

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