COP30: Iniciativa amazônica debate economia criativa e desenvolvimento verde em Belém

 

O Corredor Criativo da Amazônia será um dos destaques da COP30, promovendo debates sobre cultura, economia criativa e sustentabilidade urbana na região amazônica. Nos dias 11 e 12 de novembro, o Palacete Faciola, em Belém, receberá o evento “Corredor Criativo da Amazônia: Cultura, Meio Ambiente e Cidades Resilientes”, reunindo experiências, projetos inspiradores e discussões sobre o fortalecimento de economias verdes e circulares.

A iniciativa começou a ser articulada em 2022 durante o Festival Amazonas de Ópera (FAO), por meio de um acordo de cooperação técnica entre as Secretarias de Cultura do Amazonas e do Pará, e ganhou destaque como consórcio supranacional que conecta países da Amazônia Legal por meio da cultura. O projeto tem foco no intercâmbio de saberes, valorização de territórios criativos e fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.

“A cultura é um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável. Este evento durante a COP30 é uma oportunidade única para mostrar ao mundo como a economia criativa na Amazônia gera emprego, renda e, ao mesmo tempo, protege a floresta, oferecendo alternativas reais às populações urbanas”, afirma Flávia Furtado, coordenadora do Corredor Criativo da Amazônia.

Entre as ações programadas, estão painéis e mesas sobre financiamento climático, estruturação de projetos de economia criativa e integração entre cultura e sustentabilidade. Casos de impacto social também serão apresentados, como o projeto Sons de Liberdade — que capacita egressos do sistema prisional na cadeia produtiva da ópera — e o Instituto Witoto, que acolhe e forma mulheres indígenas em centros urbanos da Amazônia.

“Levar a voz da cultura e da economia criativa para o centro da discussão climática global é essencial. Só com a força das nossas populações tradicionais, artistas e criadores construiremos soluções verdadeiramente sustentáveis e resilientes para a Amazônia”, afirma Úrsula Vidal, secretária de Estado de Cultura do Pará.

A programação principal inclui, no dia 11 de novembro, apresentação do case “Corredor Criativo da Amazônia: indústria criativa e economia circular em ação”, seguida de mesas sobre economia criativa como propulsora do desenvolvimento sustentável e sobre estruturação e financiamento de projetos. No dia 12, serão apresentados os cases Sons de Liberdade e Instituto Witoto, com debate sobre soluções culturais para crises urbanas e socioambientais.

O Corredor Criativo da Amazônia também terá presença em outros espaços da Green Zone da COP30, incluindo o Palco Principal da Estação do Desenvolvimento em 10/11, o Pavilhão Ibero-América Viva em 13/11, e a Central da COP no Observatório do Clima em 17/11. A iniciativa conta com apoio do Fundo do Festival Amazonas de Ópera (FFAO), Munay Group Consulting, Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), Center for Advocacy and Global Growth (CAGG), RegeneraMuseu, Teatros da Amazônia e Ministério da Cultura.

“O Corredor Criativo da Amazônia surge como uma rede de cooperação capaz de transformar a criatividade e a cultura em força econômica e ambiental. É uma ponte entre territórios, saberes e soluções que inspiram o mundo a olhar para a Amazônia como potência e não como problema”, reforça Flávia Furtado.

Com foco na economia criativa como vetor estratégico para políticas climáticas, a iniciativa busca consolidar modelos urbanos e produtivos que substituam práticas industriais tradicionais por ecossistemas sustentáveis, promovendo inclusão, geração de renda e proteção ambiental.

 

Com informações da Assessoria*

Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus

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