Para que a ceia de Natal não termine em emergência médica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária reforça uma série de orientações sobre o preparo, o consumo e o armazenamento dos alimentos durante as festas de fim de ano. Os cuidados vão desde a compra dos produtos até o consumo do chamado RO — resto de ontem.
A agência alerta que alimentos fora do prazo de validade, mal conservados ou manipulados sem higiene adequada podem estar contaminados por bactérias e toxinas invisíveis. Mesmo quando o cheiro e a aparência parecem normais, o risco existe. Por isso, produtos vencidos ou com embalagens danificadas não devem ser consumidos.
Durante o preparo da ceia, medidas simples fazem diferença: lavar as mãos com frequência, higienizar bancadas e utensílios, evitar contato entre alimentos crus e prontos e cozinhar bem carnes, aves e peixes. Frutas, legumes e verduras precisam ser lavados e sanitizados com produtos próprios, já que o vinagre não elimina microrganismos. Outro ponto importante é não deixar alimentos prontos por muito tempo fora da geladeira.
Após a ceia, as sobras devem ser armazenadas em recipientes bem vedados e levadas à geladeira em até duas horas. Em geral, o RO pode ser consumido em até três dias, desde que mantido sob refrigeração adequada. Preparações com maionese ou ovos crus exigem atenção redobrada, pois estragam mais rápido e oferecem maior risco à saúde.
O alerta ganha ainda mais peso diante de episódios registrados nos últimos anos. No Natal passado, casos de intoxicação alimentar grave foram registrados no país, incluindo situações em que pessoas morreram após consumir alimentos da ceia. As investigações apontaram falhas no armazenamento, reaproveitamento inadequado de sobras e consumo de alimentos contaminados como fatores determinantes.
A Anvisa reforça que, em datas de confraternização prolongada e altas temperaturas, o cuidado precisa ser redobrado. Pequenos descuidos podem transformar um momento de celebração em tragédia.
Com Informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus






