Ao longo de 2025, o Centro Histórico de Manaus passou por um conjunto de intervenções urbanas e sociais que alteraram a dinâmica da área central da cidade. As ações incluíram obras de recuperação viária, manutenção de calçadas, limpeza urbana, restabelecimento do sistema de drenagem, reforço da iluminação pública e reorganização do uso do espaço público.
Na terceira fase do programa, a Prefeitura de Manaus concentrou no Centro as ações do “Mutirão no Bairro”, mobilizando 16 secretarias municipais e mais de 1.100 servidores. Segundo a gestão municipal, os trabalhos ocorreram de forma integrada e abrangeram infraestrutura, trânsito, ordenamento urbano, assistência social e manutenção de equipamentos públicos.
Entre as medidas adotadas estão serviços de recapeamento e recuperação de vias históricas, correções em redes de drenagem para reduzir pontos recorrentes de alagamento, retirada de resíduos, poda de árvores e reforço da iluminação em áreas de circulação intensa. Praças e espaços de convivência também passaram por requalificação.
Um dos principais eixos de intervenção foi a implantação da faixa liberada na avenida Getúlio Vargas. Durante o mutirão, o trecho passou a ter uso voltado prioritariamente a pedestres, atividades esportivas e lazer, ampliando a circulação de pessoas na região central e alterando o fluxo tradicional da via em horários específicos.
A estudante Luciana Paiva relatou a mudança na experiência de circulação pelo Centro. “Está sendo muito bom. A gente conhece mais a história de Manaus. A faixa vai trazer mais pessoas, incentivar o turismo e esse passeio bem regional que a cidade merece”, afirmou.
Outro ponto central das ações foi a revitalização da praça dos Remédios, que recebeu nova iluminação, recuperação do paisagismo, melhorias no pavimento e manutenção de elementos históricos. O espaço voltou a ser utilizado por moradores e visitantes após um período de degradação e baixa ocupação.
O vice-prefeito e secretário municipal de Obras, Renato Junior, comentou o processo de intervenção na área.
“No começo, muita gente não acreditava. Diziam que o Centro não tinha mais jeito, que revitalizar a praça dos Remédios era um desafio grande demais. Mas a gente acreditou. Acreditamos porque conhecemos a história de Manaus e sabemos o valor simbólico desse lugar. A praça precisava ser devolvida ao povo, precisava voltar a ter vida. Hoje, ver famílias ocupando esse espaço mostra que o desafio valeu a pena e que o Centro tem sim futuro e futuro promissor”, disse.
Moradora da região central desde a infância, a aposentada Maria de Fátima Dias, de 83 anos, relatou o impacto das mudanças.
“Meu coração ficava partido ao ver a praça abandonada e tomada por pessoas entregues ao vício e em situação de rua. Eu cresci aqui, vivi muitos momentos nesse lugar. Hoje, quando vejo a praça dos Remédios cheia de gente, iluminada, cuidada, eu choro de gratidão. Manaus está renascendo. É um sonho realizado. O Centro voltou para o povo”, declarou.
Além das intervenções físicas, o mutirão incorporou ações de assistência social concentradas na área central. Foram entregues o Centro Pop, a Casa de Passagem Padre Orlando Barbosa e o Centro de Atendimento e Desenvolvimento Social (Cads), voltados ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, com oferta de acolhimento, alimentação, higiene, atendimento social, orientação e encaminhamentos para capacitação.
De acordo com a administração municipal, o conjunto de ações no Centro Histórico buscou associar obras urbanas, ordenamento do espaço público e políticas sociais, com o objetivo de reorganizar a área central e ampliar o uso dos equipamentos públicos ao longo do ano.
Com informações da Assessoria de Comunicação*
Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus
