Manaus (AM) – A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio AM) promoveu, nesta quinta-feira (9), a 10ª Reunião de Diretoria com a presença de autoridades, empresários e lideranças do setor produtivo. O evento teve como foco dois temas centrais: os efeitos da Reforma Tributária no comércio e o cenário climático e hidrológico do estado, com impactos diretos no abastecimento e na logística regional.
O presidente da Fecomércio AM, Aderson Frota, destacou o papel da entidade como ponte entre o setor produtivo e o poder público, especialmente em momentos de mudanças estruturais como a transição tributária e os desafios causados pela estiagem. “Convidamos o secretário da Defesa Civil para oferecer uma visão técnica sobre o momento climático, que exige atenção e planejamento logístico por parte dos empresários”, afirmou.
Defesa Civil alerta para riscos climáticos
Durante o encontro, o secretário da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo, apresentou um panorama das atuais condições hidroclimatológicas do estado. Ele ressaltou a importância de envolver o setor empresarial nas estratégias de prevenção e resposta aos efeitos da seca severa que afeta diversas regiões.
“O sistema de proteção precisa envolver todos os atores. A Fecomércio tem papel fundamental nesse diálogo, com um olhar atento às condições que podem impactar diretamente o comércio e o transporte de mercadorias”, afirmou Máximo.
Reforma Tributária: mudanças e desafios
O segundo momento do encontro foi dedicado à análise da Reforma Tributária e seus impactos para o setor comercial. A administradora e contadora Adjane Brasil conduziu uma apresentação detalhada sobre o novo modelo tributário, que entra em transição a partir de 2026 e será implementado gradualmente até 2033.
“É fundamental que os empresários estejam preparados. A reforma elimina os benefícios fiscais e altera a lógica da cobrança de tributos. O imposto não passará mais pelo caixa da empresa — será retido na fonte. Isso afeta a precificação, a margem de lucro e o planejamento financeiro”, explicou Adjane.
Ela também alertou para a necessidade de adaptação tecnológica e de um planejamento tributário mais rigoroso, especialmente para empresas que operam na Zona Franca de Manaus. O impacto será sentido em diversos segmentos, como atacadistas, distribuidores, hotelaria, bares e restaurantes, salões de beleza, turismo, moda e o setor da construção civil.
Participação do Legislativo
O deputado estadual Adjuto Afonso, presente à reunião, reforçou a importância do setor comercial para a economia do estado e elogiou a atuação da Fecomércio. “O comércio é o maior gerador de empregos e arrecadação no Amazonas. A Assembleia tem sido parceira do setor, aprovando matérias importantes como o Refis, que permite a regularização de empresas inadimplentes e a retomada de suas atividades”, destacou.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus