Estudantes da terceira série do Ensino Médio do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), em Manaus, embarcaram nesta segunda-feira (17/11) para Belém, onde vão participar da COP30. O projeto vencedor do “Prêmio Criativos da Escola + Natureza” reúne pesquisas sobre saberes indígenas e soluções ambientais sustentáveis, envolvendo alunos e professores em atividades teóricas e práticas.
O projeto “O diálogo com a natureza: povos indígenas e a sustentabilidade” está em seu terceiro ano de execução e busca valorizar os conhecimentos ancestrais das etnias indígenas da Amazônia. Por meio de visitas ao Centro de Medicina Indígena Bahserikowi e interações com lideranças indígenas, os estudantes aprendem práticas de preservação ambiental e implementam iniciativas como os “Jogos indígenas”, que promovem imersão cultural entre os alunos.
“Nós temos essa oportunidade de apresentar para pessoas do mundo inteiro a nossa realidade, a nossa cultura, a nossa ancestralidade, e também tentar respostas para o que nós vivemos”, afirmou a professora Márcia Gomes, coordenadora do projeto.
A aluna Jhulie Haddad, 17, destacou que a experiência mudou sua percepção sobre sustentabilidade e respeito à Amazônia. “Como vamos para a COP, nós estudamos, temos reuniões com o Instituto Alana e o Criativos da Escola para nos prepararmos, e isso é muito legal porque temos trocas culturais nessas reuniões”, disse.
Além das alunas do IEA, outros estudantes da rede estadual do Amazonas também participarão da COP30. Em outubro de 2025, 12 jovens de seis municípios participaram da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), elaborando a “Carta de Compromisso das Crianças e Jovens pelo Futuro do Planeta” e a “Carta Musical Raiz que Floresce”. Os documentos, inspirados na lenda guarani Terra sem Males, serão entregues pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos chefes de estado presentes na conferência.
As cartas destacam a compreensão de que os problemas ambientais são sintomas de questões humanas e reforçam o compromisso com a defesa de povos indígenas, comunidades quilombolas e agricultores familiares, reconhecendo a importância de suas tecnologias ancestrais para transformações sociais e ambientais.
A participação dos estudantes na COP30 evidencia a integração entre educação ambiental e engajamento juvenil, promovendo discussões sobre sustentabilidade e justiça climática dentro e fora da sala de aula.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.






