Gás natural avança no Amazonas e se apresenta como alternativa para novos data centers

Infraestrutura energética do estado é apontada como capaz de atender a expansão de centros de armazenamento de dados digitais

A infraestrutura de gás natural no Amazonas vem se consolidando como uma das bases energéticas disponíveis para a atração de novos empreendimentos, entre eles os data centers, estruturas responsáveis pelo armazenamento, processamento e gerenciamento de dados digitais, como informações de internet, serviços em nuvem, sistemas bancários, aplicativos e plataformas de tecnologia.

O tema foi apresentado durante o seminário “Data centers no Amazonas – polo para data centers soberanos e sustentáveis”, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Mineração, Energia e Gás Natural (Semig).

Durante o evento, a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) afirmou que a atual estrutura permite atender atividades que exigem fornecimento contínuo de energia. Segundo o gerente de Comercialização e Marketing da companhia, João Salomão, o gás natural oferece segurança para operações que funcionam sem interrupção.

“O gás natural é considerado uma energia firme porque o fornecimento é regular e contínuo, o que atende plenamente setores que não podem sofrer interrupções, como os data centers”, afirmou.

No painel sobre energia firme e de baixo impacto ambiental, a concessionária apresentou dados da operação e do planejamento de expansão da rede. Atualmente, a malha de distribuição de gás natural no Amazonas se aproxima de 360 quilômetros, com mais de 28 mil unidades consumidoras atendidas. Até 2029, a previsão é de R$ 350 milhões em investimentos para ampliar a infraestrutura.

João Salomão também destacou a abrangência do serviço no estado.

“Hoje, fornecemos gás natural para diferentes segmentos, como geração termelétrica, indústria, comércio, transporte veicular, setor residencial e sistemas de autogeração, o que demonstra a capilaridade da rede no Amazonas”, disse.

Além da capacidade técnica, o gás natural também é apontado como uma alternativa mais econômica. De acordo com dados apresentados no evento, o custo pode ser cerca de 50% menor em comparação aos combustíveis líquidos, além de apresentar ganhos ambientais.

Um estudo do Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico, vinculado à Universidade Federal do Amazonas, aponta que a substituição do óleo combustível pelo gás natural evitou a emissão de aproximadamente 6,2 milhões de toneladas de carbono equivalente entre 2010 e 2023.

 

 

Com Informações da Companhia de Gás do Amazonas

Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus