Grupo criminoso do tráfico interestadual é condenado após operação no Amazonas

Ação do Gaeco resulta na condenação de sete réus por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Sete integrantes de uma organização criminosa com atuação no tráfico interestadual de drogas foram condenados pela Justiça do Amazonas como desdobramento da operação “Véu de Areia”, deflagrada em agosto de 2025. A decisão foi proferida na última terça-feira (16/12) pela 2ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus.

A sentença reconheceu a prática dos crimes de tráfico interestadual de drogas, organização criminosa e lavagem de capitais. Entre os condenados está o líder do grupo, que recebeu a maior pena: 28 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Outro réu foi condenado a 13 anos de prisão, também em regime fechado. As penas dos demais cinco integrantes variam entre quatro e 11 anos, conforme o grau de participação na estrutura criminosa.

Além das penas privativas de liberdade, a Justiça determinou a manutenção do bloqueio de bens e valores vinculados aos condenados. A medida busca assegurar o perdimento definitivo do patrimônio obtido com atividades ilícitas, reforçando a estratégia de desarticulação financeira da organização.

Segundo o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Leonardo Tupinambá, o resultado reforça a atuação do Ministério Público no enfrentamento ao crime organizado.

“A condenação demonstra a efetividade do trabalho investigativo e da atuação integrada no combate ao tráfico de drogas e à lavagem de capitais, especialmente no aspecto da asfixia patrimonial das organizações criminosas”, afirmou.

A operação “Véu de Areia” identificou uma rede criminosa com ramificações em diferentes estados do país, responsável pela movimentação de grandes volumes de recursos ilícitos. Durante a investigação, foram localizados imóveis, empresas de fachada, veículos e outros bens utilizados para ocultar e dissimular a origem do dinheiro.

A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso. O Ministério Público informou que seguirá atuando para manter as condenações e as medidas patrimoniais impostas pela Justiça.

 

 

Com Informações do Ministério Público do Amazonas

Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus