Conhecida por reunir tradição, religiosidade e uma das maiores festas populares do país, Parintins celebra nesta terça-feira (15), seus 173 anos de fundação. Localizado a 369 quilômetros de Manaus, o município é amplamente reconhecido como a capital nacional do Boi-Bumbá, por abrigar os bois Caprichoso e Garantido, que protagonizam o maior espetáculo folclórico a céu aberto do Brasil.
A data marca não apenas a longevidade do município, mas também sua importância como símbolo da cultura popular brasileira. O aniversário reforça o papel de Parintins na valorização da identidade amazônica e na promoção de debates sociais e ambientais, especialmente os que envolvem os povos tradicionais da floresta. Todos os anos, mais de 200 mil visitantes se deslocam até a cidade durante o festival, movimentando a economia local e fortalecendo a expressão artística da região.
Parintins também é um município de grande relevância demográfica no estado. Segundo a estimativa mais recente do IBGE, em 2025, a cidade conta com 101.855 habitantes, ocupando o quarto lugar entre os mais populosos do Amazonas. Outro aspecto marcante da cidade é a devoção religiosa de sua população, com destaque para o culto à padroeira Nossa Senhora do Carmo, que reúne milhares de fiéis em manifestações de fé.
A origem de Parintins remonta ao século XVII, quando as primeiras incursões portuguesas foram registradas na região, por volta de 1660. O território era habitado por diversos povos indígenas, entre eles os Tupinambaranas, que inspiraram o nome da ilha onde o município está instalado, a chamada Ilha Tupinambarana. Inicialmente, a localidade recebeu o nome de São Miguel dos Tupinambaranas, em 1669.
Foi apenas em 1880 que o município passou a ser chamado de Parintins, nome adotado com a elevação da sede à categoria de cidade. A nova denominação foi escolhida em homenagem ao povo indígena parintintin, que fazia parte das diversas etnias presentes no território desde os tempos coloniais.
Além de seu legado histórico e cultural, Parintins também chama atenção pela geografia privilegiada. Cercada por áreas de várzea e terra firme, a cidade mantém um estilo de vida tipicamente ribeirinho. O transporte por via fluvial continua sendo o principal meio de acesso ao município, mantendo o elo com os rios amazônicos e preservando tradições que atravessam gerações.
Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus
Foto: Tácio Melo / AmazonasTur