O segundo voo com brasileiros deportados pelo governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, chegará a Fortaleza nesta sexta-feira (7). A primeira remessa, com 88 brasileiros, aterrissou em Manaus no dia 24 de janeiro, gerando desconforto diplomático, pois os passageiros estavam algemados durante o voo pelas autoridades norte-americanas.
Diante da situação, o governo brasileiro determinou que as algemas fossem removidas imediatamente após a chegada dos deportados. Além disso, foi disponibilizada uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para conduzir os repatriados até seus destinos finais.
Desde então, o governo federal tem tomado medidas para garantir um acolhimento humanizado aos brasileiros retornando dos Estados Unidos, com suporte imediato a todos os deportados.
Acompanhamento no Embarque
Dessa vez, o voo que chega a Fortaleza seguirá um trajeto diferente. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o embarque dos deportados em Alexandria, na Louisiana, será acompanhado por um diplomata do Consulado-Geral do Brasil em Houston.
A aeronave fará uma escala técnica em Porto Rico antes de seguir para Fortaleza, com chegada prevista para a tarde de hoje, embora o horário exato ainda não tenha sido definido. Após a chegada, a FAB irá disponibilizar outro avião para transportar os repatriados até Belo Horizonte.
“Em Fortaleza e em Belo Horizonte, o governo federal organizará uma recepção com apoio, utilizando a experiência adquirida nas operações anteriores de repatriação. Nos dois aeroportos, a Polícia Federal realizará uma operação especial para garantir os procedimentos migratórios e a segurança aeroportuária”, afirmou o Itamaraty em Brasília.
Deportação em Massa
As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos começaram logo após a posse de Trump. Em 23 de janeiro deste ano, 538 pessoas foram detidas, com centenas sendo deportadas em uma operação anunciada pela Casa Branca.
Durante sua campanha presidencial, Trump prometeu combater a imigração ilegal, classificando-a como uma “emergência nacional”. Logo no seu primeiro dia de mandato, ele assinou ordens executivas para restringir a entrada de imigrantes ilegais no país.