Selic deve encerrar 2025 em 15%, aponta relatório Focus do Banco Central

Projeções mantêm estabilidade para os próximos anos; estimativa do PIB segue em 2,16% em 2025 e câmbio permanece em R$ 5,41
Sede do Banco Central, em Brasília, onde são elaboradas as projeções do relatório Focus - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, manteve pela 20ª semana consecutiva a projeção da taxa Selic em 15,00% no fim de 2025. A decisão acompanha a manutenção dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 5 de novembro. No comunicado, o colegiado informou que a manutenção da taxa em patamar elevado por um período prolongado é considerada suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.

Entre as 45 projeções mais recentes, atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2025 também ficou em 15,00%. Para 2026, a taxa seguiu em 12,25% pela sétima semana consecutiva. A projeção para o fim de 2027 permaneceu em 10,50%, e para 2028, em 10,00%.

O câmbio projetado para o fim de 2025 continuou em R$ 5,41, valor inferior ao registrado há um mês (R$ 5,45). A estimativa para 2026 se manteve em R$ 5,50 pela quarta semana seguida, mesma projeção para 2027 e 2028. Desde 2020, o Focus calcula a projeção de câmbio com base na média do mês de dezembro.

PIB deve crescer 2,16% em 2025, segundo relatório Focus

A mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,16%, mesmo percentual de um mês atrás. Entre as 34 estimativas mais recentes, houve leve oscilação de 2,17% para 2,16%. Para 2026, o crescimento esperado é de 1,78%, enquanto a projeção para 2027 caiu de 1,90% para 1,88%. A estimativa para 2028 segue em 2,00%, pela 87ª semana consecutiva.

O Banco Central revisou para baixo sua previsão de crescimento econômico para 2024, reduzindo de 2,1% para 2,0% no Relatório de Política Monetária do terceiro trimestre. A instituição apontou incertezas relacionadas ao aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos e à desaceleração da atividade econômica no país, parcialmente compensadas por resultados mais positivos na agropecuária e na indústria extrativa.

 

Com informações da Jovem Pan News*

Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus