Manaus estreia espetáculo sensorial “Aquelas que me habitam” com entrada gratuita

O Teatro da Instalação, em Manaus, recebe neste domingo (23) a estreia gratuita do espetáculo “Aquelas que me habitam”, criação de Francis Baiardi. A obra propõe uma experiência sensorial e inclusiva, com dança, trilha sonora original, cenografia tátil, e-book ilustrado, audiodescrição e recursos de acessibilidade, refletindo sobre memória, ancestralidade e protagonismo feminino na Amazônia.

Manaus se prepara para a estreia de “Aquelas que me habitam”, espetáculo que une dança, memória e ancestralidade com foco em acessibilidade e inclusão. A apresentação gratuita acontece neste domingo (23), às 19h, no Teatro da Instalação, iniciando uma temporada de três apresentações que combinam performance, trilha sonora original, cenografia sensorial e e-book ilustrado.

Experiência sensorial e inclusiva

O espetáculo, idealizado pela artista pesquisadora Francis Baiardi, é inspirado em mulheres amazônicas descendentes das Ykamiabas, refletindo sobre figuras históricas silenciadas e mulheres contemporâneas que resistem às estruturas de poder. A obra integra recursos de acessibilidade como audiodescrição, intérprete de Libras e abafadores de ruído para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo Baiardi, o projeto é também um gesto político:

“Nosso trabalho como mulheres criadoras é um ato de resistência. Este projeto é sobre existir e reexistir em estruturas que historicamente silenciam nossas presenças.”

Cenografia viva e ritualística

O cenógrafo Juca di Souza projetou o espaço como um organismo pulsante, usando terra preta, água, sisal e cordas. A cenografia transforma o palco em ambiente ritualístico e íntimo, onde cada gesto da intérprete interage com a matéria e o público, criando um espaço sensorial e tátil que aproxima os espectadores de suas próprias memórias.

E-book e trilha sonora original

O projeto acompanha a apresentação com um e-book ilustrado, texto de Gorete Lima e ilustrações de Daniel Esteves, documentando o processo criativo de forma sensível e imersiva. A trilha sonora original complementa a dramaturgia sensorial, conectando dimensões emocionais, espirituais e ancestrais.

Protagonismo feminino e criação coletiva

A equipe majoritariamente composta por mulheres reforça o caráter político da obra, convidando o público a refletir sobre protagonismos, ausências históricas e a presença de mulheres nos espaços de criação artística. A experiência une dança, som, matéria e imagem, promovendo a democratização do acesso à arte e à cultura amazônica.

Temporada e realização

O espetáculo terá mais duas apresentações na mesma temporada e é realizado com apoio do Governo do Estado do Amazonas, Conselho Estadual de Cultura, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e do Governo Federal.

Com informações da Assessoria.

Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.