Lançamento comercial de foguete no Brasil é adiado após problema técnico

Falha em válvula do Hanbit-Nano leva Innospace a remarcar primeiro lançamento comercial a partir do Brasil
Foto: Sgt Vanessa Sonaly/ Divulgação

O lançamento do foguete Hanbit-Nano, previsto para ocorrer a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, foi novamente adiado após a identificação de problema técnico em uma válvula do sistema. A informação foi confirmada pela empresa sul-coreana Innospace, responsável pelo desenvolvimento do veículo espacial. A nova tentativa de lançamento está programada para domingo (21), às 14h45.

Esta missão marca o primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território brasileiro.

Inicialmente, o lançamento estava previsto para quarta-feira (17). Durante as verificações finais dos sistemas, foi detectada uma anomalia no sistema de refrigeração do oxidante do combustível, o que levou ao adiamento para substituição de componentes. A nova previsão passou para sexta-feira (19), às 15h45, mas foi novamente alterada para 21h30 do mesmo dia.

Por volta das 20h30, a Innospace informou que a tentativa de lançamento havia sido cancelada após a detecção de novos problemas técnicos no equipamento.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela condução da operação no CLA, a janela de lançamento permanece aberta até o dia 22 de dezembro, permitindo novas tentativas dentro desse período.

O Hanbit-Nano possui 21,8 metros de comprimento, 1,4 metro de diâmetro e 20 toneladas. O foguete foi projetado para colocar cargas em órbita baixa da Terra (LEO), a aproximadamente 300 quilômetros de altitude, com inclinação de 40 graus.

Ao todo, oito cargas úteis estão acomodadas na coifa do veículo: cinco pequenos satélites destinados à colocação em órbita e três dispositivos experimentais, desenvolvidos por instituições e empresas do Brasil e da Índia. O sistema de propulsão do foguete é híbrido, combinando combustível sólido e líquido.

 

 

Com informações da Agência Brasil*

Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus